Facebook afirma que prefere Android, mas nega que proíba uso do iPhone

O Facebook protagonizou escândalos quando, em março, os uso indevido de dados de usuários por parte da Cambridge Analytica causou alvoroço em todo o mundo. Logo em seguida, Tim Cook falou, em entrevista ao MSNBC, que desaprovava a forma com a qual o Facebook fazia seus negócios: “Nós poderíamos fazer muito dinheiro de nossos consumidores se eles fossem o nosso produto. Nós decidimos não agir dessa forma”. A troca de farpas continuou quando Mark Zuckerberg disse que a declaração do CEO da Apple era sinal de "Síndrome de Estocolmo", afirmando que não cobrar pelos serviços não faz com que a privacidade seja mais assegurada, apenas afasta quem não tem condições econômicas do acesso digital. Para o fundador do Facebook, a crítica de Cook era "ridícula" e as empresas deveriam trabalhar para conquistar a confiança de seus clientes, não depender de modelos pagos para isso, completando ainda que, se a Apple realmente respeitasse seus consumidores, ela venderia os iPhones por um preço mais baixo.

Foi então que uma enxurrada de críticas assolou a rede social: Brian Acton, cofundador do WhatsApp, assim como Marc Benioff, da Salesforce, declararam apoio ao movimento #DeleteFacebook e Elon Musk, após ser desafiado por seguidores no Twitter, apagou as páginas de suas empresas Tesla e SpaceX da rede social. Até mesmo Steve Wozniac, co-fundador da Apple, apoiou o #DeleteFacebook, deletando seu próprio perfil e criticando a empresa, reforçando o que o amigo Cook já havia dito. Zuckerberg continuou afirmando que os usuários não eram vistos como um produto pela empresa e deixou claro que os lucros não vinham da venda direta de dados.

Parecia que toda a treta estava esfriando quando, na última quinta-feira (15), foi noticiado em todo o mundo que Zuckerberg teria proibido o alto escalão da empresa de usar dispositivos da Apple. Segundo o que fontes anônimas revelaram ao The New York Times, a desculpa era que eles precisavam usar aparelhos com sistema operacional Android por ser o mais utilizado em todo o mundo, mas a verdade é que seria uma espécie de retaliação à Maçã devido às declarações feitas em abril por Cook e Wozniac.

Então, o Facebook decidiu abordar publicamente em seu blog oficial várias questões emergentes, entre elas a notícia que os profissionais da rede social estavam proibidos de usar iPhones: "Tim Cook tem criticado constantemente nosso modelo de negócios e Mark [Zuckerberg] tem sido igualmente claro que ele discorda. Portanto, não há necessidade de empregar mais ninguém para fazer isso por nós. Há muito tempo incentivamos nossos funcionários e executivos a usar o Android porque é o sistema operacional mais popular do mundo", diz a nota.

Permanece, entretanto, uma dúvida: se o motivo da adoção dos smartphones Android nada tem a ver com retaliações à Apple, por que a exigência só se deu após os desentendimentos, uma vez que o sistema operacional da Google já era o mais popular um ano antes dos desentendimentos?



De Jogador 013
Ver Completo
Facebook afirma que prefere Android, mas nega que proíba uso do iPhone Facebook afirma que prefere Android, mas nega que proíba uso do iPhone Reviewed by Rosiel Victor on novembro 16, 2018 Rating: 5

Nenhum comentário